Antes de começar o famoso e longo romance com Iris Abravanel, Silvio Santos teve uma história de amor que muita gente nem conhece direito. O primeiro casamento dele foi com Maria Aparecida Vinheira, mais conhecida como Cidinha. Ela foi a primeira esposa do apresentador e mãe das suas duas primeiras filhas, Cíntia e Silvia. Infelizmente, essa história teve um final triste quando, em 1977, Cidinha faleceu, vítima de um câncer no estômago.
O curioso é que pouca gente sabe sobre essa parte da vida do Silvio, porque, naquela época, ele fazia de tudo pra manter o relacionamento fora dos holofotes. Ele tava no auge da fama e preferia que o público não soubesse muito da vida pessoal dele. Talvez fosse o jeito dele de proteger a família, ou quem sabe, uma estratégia pra manter aquela imagem de galã que ele tinha.
Cidinha, que era telefonista, conheceu Silvio Santos enquanto trabalhava na Rádio Nacional, lá em São Paulo. Foi durante aqueles tempos simples que o amor deles floresceu. Mas a felicidade do casal foi interrompida quando ela recebeu o diagnóstico de câncer. E aí, como todo mundo que já amou alguém, Silvio fez de tudo pra salvar a esposa. Ele buscou os melhores tratamentos possíveis, e até tentou uma solução internacional, levando Cidinha pra Nova York em busca de cura.
A filha mais velha deles, Cíntia, contou que o pai fez o possível e o impossível pra salvar a mãe. Ela ficou sozinha por seis meses em Nova York, mas no final das contas, acabou voltando pro Brasil. Infelizmente, mesmo com todo o esforço, a doença foi mais forte e levou Cidinha embora.
A perda dela foi um golpe pesado pro Silvio. E, anos depois, ele revelou um arrependimento que carregava no peito: o de ter escondido tanto sua relação e suas filhas do público. Num vídeo de 2020, ele falou abertamente sobre essa tristeza. Dá pra sentir a dor nas palavras dele quando ele diz que se arrepende por ter fingido ser solteiro, escondendo a família pra manter aquela imagem de galã.
“Eu me arrependo quando lembro da minha mulher que morreu, e quando lembro que eu dizia ser solteiro. Quando lembro que escondia minhas filhas pra poder ser o galã, pra poder ser o herói”, ele confessou. Essas palavras mostram um lado mais vulnerável do Silvio, algo que o público não tava tão acostumado a ver.
O fato é que, por trás de todo aquele sucesso e carisma, existia um homem que também tinha seus arrependimentos e tristezas. O falecimento de Cidinha e o arrependimento por não ter sido mais aberto sobre a vida pessoal parece que marcaram profundamente o Silvio. Talvez por isso, depois, ele tenha sido tão mais aberto sobre sua relação com Iris e as filhas que vieram depois.
No fim das contas, essa história toda serve pra lembrar que, por mais que alguém seja uma lenda na televisão, também é um ser humano, com suas falhas e arrependimentos. O Silvio Santos, que tanto fez o Brasil sorrir, também tinha suas tristezas e aprendizados, como qualquer um de nós. A história com Cidinha é uma parte menos conhecida, mas muito importante da vida desse grande comunicador, mostrando que, no final das contas, todos temos nossas lutas pessoais e nossos momentos de vulnerabilidade.
