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Desastre Fatal na Fernão Dias: Colisão entre Ônibus Deixa Três Mortos

Quando dois ônibus colidem na escuridão, vidas são perdidas e dezenas ficam marcadas pelo trauma

A madrugada de sábado, 25 de novembro, viu a Fernão Dias transformar-se em um palco de devastação e desespero. Dois ônibus colidiram violentamente no km 835, em São Sebastião da Bela Vista, ceifando três vidas e deixando cerca de 30 pessoas feridas.

Dona Ana Menezes, uma das sobreviventes, relembra o momento do acidente com um nariz quebrado e um coração partido. Ela conta, com voz trêmula, como o ônibus Gontijo saiu da pista e mergulhou no mato, um cenário de caos e gritos abafados pela escuridão da noite. Seu relato é um reflexo de puro terror e sobrevivência.

Ana Célia, outra vítima, acordou entre as cadeiras, confusa e aterrorizada, clamando a Deus por salvação. Seu marido sofreu um corte profundo na cabeça, precisando de 11 pontos. Ela relembra que estavam indo comemorar um aniversário, uma festa que nunca aconteceu.

O motorista de um dos ônibus, da empresa Gold Turismo, relatou que havia parado no acostamento para verificar um pneu furado. Sinalizado corretamente, ele jamais imaginou que o ônibus da Gontijo colidiria com a traseira do seu veículo, desencadeando um evento trágico e imprevisível.

No interior dos ônibus, o pânico se espalhava. Passageiros gritavam e choravam, lutando para escapar através de janelas quebradas. Muitos ficaram presos entre os destroços, aguardando o resgate dos bombeiros em um estado de choque e incredulidade.

Entre os sobreviventes, encontram-se histórias de alívio misturadas com luto. Reinaldo, sobrinho de Dona Ana, chegou de São Paulo ao receber a notícia. Ele estava se preparando para um reencontro há muito esperado com sua tia, mas ao invés disso, encontrou-a em um hospital, marcada pela tragédia, um encontro que foi tanto um alívio quanto um choque.

O acidente, ocorrido nas primeiras horas antes do amanhecer, trouxe à tona a vulnerabilidade daqueles que viajam pelas estradas do país. O momento do impacto foi descrito por muitos como um estrondo ensurdecedor, seguido por um silêncio perturbador, quebrado apenas pelos gemidos dos feridos e pelo som distante das sirenes.

As histórias dos passageiros, cada uma singular em sua dor e esperança, pintam um quadro sombrio da imprevisibilidade da vida e da fragilidade humana. Famílias que esperavam ansiosas pelo retorno de seus entes queridos agora se encontram em um turbilhão de emoções conflitantes – alívio para aqueles que sobreviveram e um luto profundo pelas vidas perdidas.

O acidente na Fernão Dias não é apenas uma notícia; é um lembrete pungente da importância da segurança nas estradas e da precariedade da vida humana. Enquanto as investigações sobre as causas do acidente continuam, a comunidade e os familiares das vítimas buscam conforto e respostas, esperando que tais tragédias possam ser evitadas no futuro.

A Fernão Dias, agora marcada por este trágico evento, permanecerá na memória de muitos como um lugar onde a alegria se transformou em tristeza, e onde o destino interveio de maneira abrupta e cruel, alterando vidas para sempre.