Henrique e Juliano optaram por não participar do tributo a Marília Mendonça organizado pelo Spotify. Em suas justificativas, os sertanejos explicaram que acreditam que homenagens devem ser feitas em vida e que já prestaram todas as honras possíveis a Marília enquanto ela ainda estava viva. Agora, afirmam que não veem sentido em participar do evento.
“De jeito nenhum a gente participaria desse evento. Primeiro: a gente sempre acreditou que homenagem se presta em vida. Tenho certeza de que quem acompanhou a história da Marília Mendonça e a nossa também viu que fizemos todas essas homenagens para ela em vida”, declarou Henrique ao Sertanois Sertanejo. Ele também mencionou que houve problemas nos bastidores relacionados ao convite, sugerindo que isso influenciou a decisão da dupla. “Tem algumas coisas nos bastidores sobre como surgiu esse convite que é melhor nem comentar. Não estamos confortáveis em fazer parte disso. Prefiro manter a história que a Marília escreveu viva, ao invés de criar uma nova história sobre isso”, completou.
Apesar da recusa de Henrique e Juliano, muitos artistas confirmaram presença no evento ‘This Is Marília’, incluindo Alok, Ludmilla, Jão, Luísa Sonza, Luiza Martins, Zé Neto & Cristiano, Murilo Huff, Péricles e Yasmin Santos. Henrique, no entanto, não criticou os colegas por aceitarem o convite.
Além de Henrique e Juliano, Maiara e Maraisa, amigas próximas de Marília, também decidiram não participar do tributo. Essa decisão levou Dona Ruth, mãe de Marília, a deixar de seguir a dupla nas redes sociais, assim como o irmão da cantora, João Gustavo, que também criticou as cantoras: “Nesse momento vemos quem está com a gente e quer fazer o legado dela continuar. Deixar de seguir fala por si só.”
Desdobramentos do acidente de Marília Mendonça
Em outubro de 2023, a Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre o acidente aéreo que matou Marília Mendonça e outras quatro pessoas em novembro de 2021. O relatório confirmou que a queda do avião foi causada por erro dos pilotos, Geraldo Martins de Medeiros Junior e Tarcísio Pessoa Viana. “A tripulação agiu com negligência e imprudência”, afirmou Ivan Lopes Sales, um dos delegados. Embora o crime de homicídio culposo tenha sido atribuído aos pilotos, o caso foi arquivado devido à morte de todos a bordo.
O delegado explicou que, apesar de não ser obrigatório sinalizar torres, havia protocolos a serem seguidos, como o levantamento de obstáculos no trajeto, o que não foi feito. O voo deveria ter seguido em passagem baixa se esses protocolos não fossem cumpridos. Além disso, a aeronave estava equipada com um EGPWS, que emite sinais sonoros quando há proximidade de obstáculos, mas não foi possível determinar se esse equipamento foi desligado pelos pilotos devido à deterioração da aeronave.
A polícia também descartou a possibilidade de crime ambiental relacionado ao vazamento de combustível, aliviando um pouco o peso da tragédia.
